Adeus, 2022
O ano 2022 chega ao seu último dia e, certamente não deixará saudades para muitos. Sim, já é vitória termos sobrevivido; todavia, as desavenças e derrotas são tantas, que sobreviver quase é uma vitória de Pirro.
Em
Araputanga, no front  do dia a dia,
muitos que conosco caminharam, ficaram para trás. No segundo decênio do
primeiro mês do ano que se encerra, o doloroso registro do falecimento do
querido Monsenhor Ermínio Duca.
Quando
fevereiro chegou, estourou a guerra da Rússia contra a Ucrânia. Em setembro,
faleceu aos 96 anos, Elizabeth II, a monarca mais longeva da história do Reino
Unido. Já em  outubro, o resultado das
máquinas de votação colocou parte dos brasileiros em ato de reação que pode
levar à convulsão, cenário jamais esperada. 
Nenhuma
alegria ou entretenimento produziu ilusão que pudesse aliviar o impacto de novos
fatos desastrosos que viriam e que se pudéssemos, desejaríamos apagar da
lembrança. 
Enfim,
chegamos a dezembro; tal qual no passado, parece que a maioria de nós quase não
percebeu  a alegria do Natal do Senhor; como
o povo de outrora, enquanto os anjos cantam o Glória, temos olhos e pensamentos
ofuscados pela rotina do mundo. 
Desfiguradas
e imersas na confusão  egoísta, as
pessoas  configuram o mundo como um lugar
estranho, onde os valores vão se diluindo, tornando sorrateiramente a
humanidade avessa aos valores transcendentes, divinos.
Já
na última semana do ano, Pelé, o rei do futebol também partiu, faleceu. Logo a seguir,
o presidente  Bolsonaro fez sua “última
fala” como Chefe da Nação, e embarcou para terras longínquas. 2022 se despede
de nós deixando-nos em tom ainda mais tristes. Pouco  depois das nove horas, no horário Vaticano, os
sinos dobraram em tom fúnebre, para anunciar o falecimento do Papa emérito, aos
95 anos.
Apesar
da descrição feita nos tons cinza e de cenário obscurecido, a esperança é a
mesma de outrora, pois o Cristão sabe pela Fé: quem governa a vida e os
destinos humanos é Javé, aquele que É, que sustenta, que anima e, que permite viver
e sobreviver a cada dia, até que Ele determine o fim.
Que
venha 2023 e, sob a proteção do Senhor, estaremos prontos a vencê-lo também,
até que chegue o chamado final, para juntarmo-nos ao Pai, ocasião em que, com
Fé, Esperança e Alegria, enfim, também partiremos.

 
 
 
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