‘DENSA ESCURIDÃO’ – Confusão vai assumindo lugar da Ordem

por – Sebastião Amorim – Em nossos dias, aqueles que têm sólida formação Cristã,  não se perderão na ideologia se não penderem à direita ou à esquerda do espectro político, que até aqui nos legou confusão desmedida.

Para tal finalidade, mais do que nunca, será preciso receber iluminação divina, confiar nAquele que comanda tudo e todos e aguardar até que Ele afaste de nossa nação, a densa ‘nuvem de desentendimentos e conflitos’.

Aguardemos a lógica, pois, como a noite se vai, vamos aguardar o restabelecimento da luz, que permitirá o retorno de todos à tradicional Ordem libertadora de consciências.

Apesar dos  olhos abertos, é preciso ao ser humano acordar para a realidade, porquanto para os despertos a compreensão é clara: há pelo menos duas décadas, os valores norteadores da sociedade, lentamente sofreram erosão, de tal forma que agora começamos a adentrar às  consequências da retirada da base de formação,  que orientava os indivíduos.

Talvez, no mundo ocidental, a desorientação tenha seu ponto inicial em Protágoras, o primeiro sofista, passando por Górgias e seus sucessores, hábeis enganadores que conseguem encantar incautos, substituindo a busca do princípio que  ordena tudo, pela retórica relativista contra a verdade, enquanto visão de mundo, de tal forma que favoreça este ou aquele indivíduo enganador.

 

Navegando através dos séculos, chegamos aos nossos dias. Hoje, o processo contraditório e relativizado parece  dissimulado na política, cuja arte de “equilibrar interesses” de grupos, impõe a sua verdade, enquanto vontade dos governantes, que se materializa no inevitável domínio da massa populacional, submetida muitas vezes, pelas armas ou pelo desarmamento daqueles que eventualmente, em conjunto, poderia reagir e mudar, a má sorte que sofrem. 

Talvez pareça simplista demais, partir do entendimento que o ser humano é sempre o mesmo. Por tal motivo, inexoravelmente, toda vez que se substitui modelos que se impõem naturalmente, por argumentos hipotéticos negadores e sem lastro no transcendente

torna-se  inevitável a instalação da confusão, que leva ao caos, pela ausência da Ideia que ordena tudo.

Observamos fatos do século V a.C. para chegarmos ao século XXI, na entrada do terceiro decênio de dezembro de 2022. Há quem entenda ser cristalino que abusando do poder investido, alguém amparado em algo obscuro, retirou o princípio ordenador que até então, parece que permitia estabilidade à sociedade. Agora ouvimos relatos de invasões, saques, crimes e ameaças de toda ordem.

Uma parte dos indivíduos que levanta a voz em frente aos QGEX (quartéis), gritam contra  atos sorrateiros que retiram aquilo que é compreendido como liberdade para o povo. Parece que o grito ocorre também, para que seja impedida a posse de personagens  que no entendimento dos que gritam, tais ‘atores políticos’ deveriam estar na prisão, d’onde nunca deveriam ter saído antes do cumprimento de suas penas.

Do sentimento da massa, ecoa o clamor contra homens outrora acusados, outros condenados, agora inocentados, com o propósito de serem recolocados no Poder. Se estas figuras, de fato chegarem ao comando da Nação, que futuro teremos?

O tempo vai se esgotando. Se nada for feito, chegará o dia em que, manifestos e vozes discordantes, serão inteiramente eliminados, sufocados, então dias virão onde a voz do povo, só repetirá o eco da voz do ditador que estiver no governo.

Fica ainda a pergunta: o povo brasileiro viverá de joelhos? Para nossa sorte as ideologias caem de podre; nunca foi diferente.

Como disse M. Freeman, interpretando o papel de Deus, em O Todo Poderoso, ‘Não há nada tão sujo que não possa ser novamente limpo’ e para nossa sorte, tudo se renova.

Fonte - Folhadearaputanga

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