‘DENSA ESCURIDÃO’ – Confusão vai assumindo lugar da Ordem
Para tal finalidade, mais
do que nunca, será preciso receber iluminação divina, confiar nAquele que
comanda tudo e todos e aguardar até que Ele afaste de nossa nação, a densa ‘nuvem
de desentendimentos e conflitos’.
Aguardemos a lógica,
pois, como a noite se vai, vamos aguardar o restabelecimento da luz, que permitirá
o retorno de todos à tradicional Ordem libertadora de consciências.
Apesar dos olhos abertos, é preciso ao ser humano acordar
para a realidade, porquanto para os despertos a compreensão é clara: há pelo
menos duas décadas, os valores norteadores da sociedade, lentamente sofreram
erosão, de tal forma que agora começamos a adentrar às consequências da retirada da base de formação,
que orientava os indivíduos.
Talvez, no mundo
ocidental, a desorientação tenha seu ponto inicial em Protágoras, o primeiro
sofista, passando por Górgias e seus sucessores, hábeis enganadores que
conseguem encantar incautos, substituindo a busca do princípio que ordena tudo, pela retórica relativista contra a
verdade, enquanto visão de mundo, de tal forma que favoreça este ou aquele indivíduo
enganador.
Navegando através dos séculos, chegamos aos nossos dias. Hoje, o processo contraditório e relativizado parece dissimulado na política, cuja arte de “equilibrar interesses” de grupos, impõe a sua verdade, enquanto vontade dos governantes, que se materializa no inevitável domínio da massa populacional, submetida muitas vezes, pelas armas ou pelo desarmamento daqueles que eventualmente, em conjunto, poderia reagir e mudar, a má sorte que sofrem.
Talvez pareça simplista demais,
partir do entendimento que o ser humano é sempre o mesmo. Por tal motivo, inexoravelmente,
toda vez que se substitui modelos que se impõem naturalmente, por argumentos
hipotéticos negadores e sem lastro no transcendente
torna-se inevitável a instalação da confusão, que leva
ao caos, pela ausência da Ideia que ordena tudo.
Observamos fatos do século
V a.C. para chegarmos ao século XXI, na entrada do terceiro decênio de dezembro
de 2022. Há quem entenda ser cristalino que abusando do poder investido, alguém
amparado em algo obscuro, retirou o princípio ordenador que até então, parece
que permitia estabilidade à sociedade. Agora ouvimos relatos de invasões,
saques, crimes e ameaças de toda ordem.
Uma parte dos indivíduos
que levanta a voz em frente aos QGEX (quartéis), gritam contra atos sorrateiros que retiram aquilo que é
compreendido como liberdade para o povo. Parece que o grito ocorre também, para
que seja impedida a posse de personagens que no entendimento dos que gritam, tais ‘atores
políticos’ deveriam estar na prisão, d’onde nunca deveriam ter saído antes do
cumprimento de suas penas.
Do sentimento da massa, ecoa
o clamor contra homens outrora acusados, outros condenados, agora inocentados,
com o propósito de serem recolocados no Poder. Se estas figuras, de fato
chegarem ao comando da Nação, que futuro teremos?
O tempo vai se esgotando.
Se nada for feito, chegará o dia em que, manifestos e vozes discordantes, serão
inteiramente eliminados, sufocados, então dias virão onde a voz do povo, só repetirá
o eco da voz do ditador que estiver no governo.
Fica ainda a pergunta: o
povo brasileiro viverá de joelhos? Para nossa sorte as ideologias caem de podre;
nunca foi diferente.
Como disse M. Freeman, interpretando o papel de Deus, em O Todo Poderoso, ‘Não há nada tão sujo que não possa ser novamente limpo’ e para nossa sorte, tudo se renova.

Comentários
Postar um comentário